No silêncio da casa, a dor ressoa,
A nossa perda ecoa, numa sala sem fim,
Cada memória, um pesar que magoa,
O teu riso ausente é vazio cruel,
Dor que fere, um golpe fiel.
Há sorrisos perdidos,
Mas memórias que nunca vão,
A alma mirra ao peso do encanto,
De quem partiu, deixando solidão.
Os dias são longos, repletos de pranto,
O vazio persiste, o luto renasce,
À noite, o corpo cansado enfim adormece
com o consolo do sono que a alma abraça.
Nos braços do sono, a alma flutua,
O sono aproxima-se, a mente apaga-se,
Em sonhos, há um mundo distante e gentil,
Onde a dor se dissolve, a tristeza se afaga,
O coração repousa, a mente esquece.
Na serenidade da noite, a dor recua,
E por momentos, há paz.
Mas ao amanhecer, tudo regressa,
A dor renasce, a saudade insiste,
Até que a noite, com a sua promessa,
Traz o consolo que só no sono existe.
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