terça-feira, 18 de junho de 2024

O Refúgio do Sono



No silêncio da casa, a dor ressoa, 
A nossa perda ecoa, numa sala sem fim, 
Cada memória, um pesar que magoa, 
O teu riso ausente é vazio cruel, 
Dor que fere, um golpe fiel.

Há sorrisos perdidos, 
Mas memórias que nunca vão, 
A alma mirra ao peso do encanto, 
De quem partiu, deixando solidão.

Os dias são longos, repletos de pranto, 
O vazio persiste, o luto renasce,
À noite, o corpo cansado enfim adormece
com o consolo do sono que a alma abraça.

Nos braços do sono, a alma flutua, 
O sono aproxima-se, a mente apaga-se, 
Em sonhos, há um mundo distante e gentil, 
Onde a dor se dissolve, a tristeza se afaga,
O coração repousa, a mente esquece.

Na serenidade da noite, a dor recua, 
E por momentos, há paz.
Mas ao amanhecer, tudo regressa, 
A dor renasce, a saudade insiste,
Até que a noite, com a sua promessa, 
Traz o consolo que só no sono existe.


Sem comentários:

Enviar um comentário