Há dias em que o mundo para
Em que plantamos sonhos
Que não se podem tornar reais
Em que dormimos de olhos abertos
E ninguém à nossa volta repara
Há dias em que nos enganamos
Em que vivemos doces mentiras
Tão intensamente que nos acostumamos
Construindo as nossas próprias sátiras
Somos fingidores natos
Farsantes comuns
Covardes que fingem ser duros
Ardilosos a construir muros
Para arrolhar as nossas fraquezas
Há dias em que o mundo nos derruba
Em que o coração deixa de acelerar
Partimos algo impossível de reparar
Perdemos algo travesso de substituir:
A capacidade de sonhar.
Há, também, dias em que a ficção
Simplesmente se torna aspiração
A imaginação e a ilusão
Se tornam em desejo em ambição
Somos almas livres
Remediadas com retalhos
Frações de momentos fugazes
Pedaços de devaneios
Cheios de faz de conta
Pois todos os sonhos são mentira
Até os tornarmos realidade
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